Resumo: |
O Grito do Ipiranga não solucionou, definitivamente, o problema da Independência brasileira. Em algumas Províncias, afirma a autora, a adesão ao novo regime foi quase imediata; em outras, como na Bahia, no Piauí, no Maranhão e no Pará, não foi aceito o rompimento com Portugal. Essas Províncias decidiram manter-se fiéis às Cortes de Lisboa. Para afirmar a autoridade como Imperador em todo o Brasil, D. Pedro recorreu a severas medidas e só alcançou o seu objetivo depois de mais de um ano de luta. Com isso, assegurou a unidade do território. A autora estuda a emergência de um sentimento de nacionalidade a partir do caso maranhense. Neste Estado, o processo da Independência foi peculiar. Resultando de elementos que remontam ao início do seu povoamento. Por ter permanecido muito tempo separado do resto do Brasil, integrando com o Pará um estado autônomo, tudo o vinculava ao Reino português. Este isolamento explica a tardia adesão da Província ao sistema imperial, na época subordinada à vontade do Bispo lusitano D. Joaquim de Nazaré, presidente da Junta Governativa que, na sua lealdade às cortes portuguesas, se empenhou na organização de uma frente de reação aos projetos de independência. |