Resumo: |
Estudo da sociedade rural rio-grandense do século XIX, no que toca à sua transição rumo ao capitalismo. Essa transformação compreendeu, segundo o autor, um lento processo de modernização, durante o qual as discussões giravam em torno da oposição entre o moderno e o arcaico. Por moderno entendia-se o imigrante europeu, a agricultura moderna, os animais de raças nobres e um novo sistema de transportes. O arcaico, por sua vez, era o latifúndio, o escravo, o caboclo, o gado crioulo e os sistemas tradicionais de cultivo. No entanto, o que era considerado arcaico persistiu e o que se entendia por moderno não significava necessariamente viabilidade econômica. A primeira parte aborda o processo de apropriação e controle da terra. Diante da excessiva concentração de terras, foi elaborado, segundo o autor, um plano de colonização com base na pequena propriedade. Num segundo momento, trata dos diversos grupos sociais que se formaram ao longo do século: colonos, lavradores nacionais, escravos, estancieiros e peões. Um dos pontos centrais desta parte é a transição do trabalho escravo para o trabalho livre. Enfim, estuda a produção agrícola, pecuária, extrativista e o sistema de abastecimento. |