Resumo: |
Discute os significados da liberdade na segunda metade do século XVIII, no sudeste escravistas, procurando considerar integradamente motivação e contexto. Na primeira parte, enfoca a experiência de liberdade de homens e mulheres despossuídos, nascido livres ou alforriados, na sociedade escravista do sudeste. Em seguida, discute os significados da liberdade para os últimos cativos da região, e seu papel no processo de abolição do cativeiro. Ambas baseiam-se, fundamentalmente, explica a autora, na análise de documentação judiciária, especialmente inventários Post-Mortem, processos-crimes e ações de liberdade. Nas duas últimas partes, a autora optou por concentrar-se na análise da última década do século XIX, embasada pelo seguinte Corpus documental: jornais interioranos, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, inquéritos policiais da comarca de Campos (RJ) e os registros civis de nascimento e óbito de três freguesias rurais do Norte Fluminense. Procura ainda demonstrar o papel estratégico dos embates em torno dos significados da liberdade no período, para a reelaboração das relações de trabalho e poder no mundo rural, bem como para a conformação específica assumida, desde então, pela ideologia racial no Brasil. |