Resumo: |
Estudo desenvolvido nos Arquivos, até então inacessíveis, da Congregação Beneditina do Rio de Janeiro. Examina a mudança da relação entre o Estado colonial português, o posterior Império brasileiro independente, e a Congregação Beneditina, que veio para o Rio de Janeiro no século XVI. As ordens religiosas, introduzidas no Brasil como instrumento do Estado colonial português em expansão, acompanharam o processo de povoamento e colonização do Brasil, defende a autora. Ao longo do tempo, a consolidação do processo colonial e a Independência do Brasil engendraram um novo conjunto de relações que favoreceram a formação de um clero brasileiro, o que levou à redefinição do aparelho Estado-Igreja. Examina-se a crescente intervenção por parte do governo Imperial brasileiro nos assuntos eclesiásticos, como também na administração de assuntos particulares da Ordem Beneditina. A pesquisa justa põe leis e argumentos que revelam as crescentes atitudes e políticas centralizadas do Governo Imperial brasileiro em relação à igreja Católica no curso do século XIX. Esse processo culminou com a completa separação da Igreja do Estado, quando da proclamação da República em 1889. |