Resumo: |
Procura captar as principais tendências manifestadas no discursos de época com relação à imigração no Brasil imperial, no contexto da ideologia do progresso que marcou o século XIX. Analisa os relatos dos viajantes e a documentação oficial sobre a questão, revelando a dialética entre movimento - representado pela modernização pretendida pelos agentes do Estado - e a resistência - expressa nos interesses dos grandes proprietários, pressionados pela necessidade de substituição do trabalho escravo. Dos discursos dos viajantes capta-se a realidade social por eles vivida e sua crença na superioridade do homem europeu. Nos relatórios dos Ministérios, detecta-se a defesa do progresso através da arregimentação de uma mão-de-obra superior. Já nos documentos sobre os Congressos Agrícolas do Rio de Janeiro e do Recife, percebe-se, segundo a autora, a mentalidade escravocrata dos senhores da terra. |