Resumo: |
Constitui-se esta dissertação de um estudo sobre a Historiografia Catarinense, à luz do novo estatuto da História, agora ciência histórica comprometida com a sociedade e com o presente. Alguns historiadores catarinenses foram examinados na qualidade de mediadores, entre a proposta objetiva do passado que é o documento - e a proposta subjetiva de um presente - que se constitui de teorias, de limitações, de questionamentos do lugar social do historiador. Há três momentos básicos de atenção e de exame: da última década do século XVIII ao final da segunda década do século XIX, com produção historiográfica centrada na ideologia da conquista; da sexta à oitava décadas do século XIX, quando os historiadores defenderam a ideologia da conciliação, defensora da organização política, social e econômica vigente; e da segunda à oitava décadas do século XX, finalmente, quando, ideologicamente nacionalistas e elitistas, os historiadores pesquisados apontaram para inovações teóricas e metodológicas geradoras das condições para uma intelecção catarinense do passado. A lenta evolução da produção histórica catarinense, somada à nova consciência social e às inovações supracitadas, culmina na formação, em data bem recente, das condições mínimas para um estudo de Historiografia. |