Resumo: |
Este texto busca analisar como a historiografia amazonense interpretou as conspirações e os embates travados entre civis e militares, ocorridos nos anos de 1892 e 1893. A partir disso, tentamos definir o posicionamento dos historiadores locais, os seus fundamentos teóricos, a conjuntura histórica em que suas obras estavam inseridas e a sua concepção de História. A documentação compulsada nos permitiu questionar o consenso entre esses historiadores de que os representantes políticos no Amazonas eram "passivos" perante as mudanças e decisões instituídas nos anos iniciais do regime republicano. Procuramos demonstrar que essas maquinações e revoltas fizeram parte dos conflitos políticos que caracterizaram a passagem do Império para a República e que os agentes políticos no Amazonas não eram "passivos" e muito menos "dependiam" do Governo Central para tomar as suas decisões. Todavia, não negamos que houve em determinadas circunstâncias a interferência do Poder Central |