Resumo: |
A convocação obrigatória para o serviço militar na primeira década do século XX, o desemprego, a pobreza e os conflitos étnicos no antigo Império Otomano levaram os Sepharadim (judeus de origem ibérica) e judeus-orientais (de língua árabe) a emigrar para a América. Embora estes imigrantes buscassem, preferencialmente, instalar-se na Argentina e Uruguai, algumas famílias desses imigrantes acomodaram-se no Rio de Janeiro e em São Paulo. Sefaradim de Esmirna e de outras cidades da atual República da Turquia e os judeus-orientais de Sidon, Beirute, Safad e outras cidades da antiga Palestina organizaram-se nas cidades brasileiras em comunidades distintas e diferenciadas das dos asquenazim, judeus procedentes da Europa Central e Oriental, de fala íidish e que emigraram no mesmo período. Estudos comparativos destas comunidades, nos levaram à conclusões pouco conhecidas dos estudos sobre a imigração judaica no Brasil. Depois de estudarmos as comunidades judaicas do Império Otomano, buscamos analisar sua inserção nas cidades que escolheram para viver no Brasil. Os dirigentes das primeiras comunidades do Oriente Médio no Brasil recepcionaram em suas sinagogas imigrantes judeus da mesma origem geográfica que buscaram o Brasil a partir de 1950, depois de iniciados os conflitos entre muçulmanos e judeus, com o nascimento do Estado de Israel |