Resumo: |
As missões franciscanas na Califórnia, constituem-se em uma ocupação tardia. De território, no Pacífico, ao Norte do México, em região em que acessos eram dificultados por condições diversas. A ocupação iniciada em 1769, foi parcialmente completada ao longo de 54 anos, com o estabelecimento de vinte e uma missões. A tarefa de expansão da cristandade, pela evangelização das populações índias, pretendia não só garantir o território ao soberano católico da Espanha, Carlos III, quando se iniciou, como também evitar a invasão dessa região pelas potências européias, presentes ao norte do Novo Mundo. Papel importante foi desempenhado pelo frei franciscano Junípero Serra, em obra que teve continuidade, após sua morte. Resultado espiritual importante foi conseguido, algum desenvolvimento econômico alcançado, e principalmente rica herança cultural deixada como legado. A secularização que se seguiu à independência do México, e a posterior aceleração do povoamento por habitantes da costa leste e do meio oeste americano que se seguiu à anexação aos Estados Unidos, atenuaram esta influência, prejudicada também pelo rápido declínio da população indígena. "Presídios" estabelecidos, em pequeno número ao longo do "El Camino Real", acompanhando algumas das Missões, indicavam claramente que o caráter da ocupação não era somente espiritual, mas também militar. A utilização de efetivos militares, por parte dos espanhóis, só ocorreu em pequenas escaramuças com os índios. O povoamento com colonos brancos, mestiços e negros ocorreu com a fundação de "Pueblos", tendo se estabelecido gradualmente, com o tempo. |