Resumo: |
A história da educação é a própria história política do povo catarinense. A ocupação do solo pelas correntes migratórias sejam elas paulistas, européias ou gaúchas, demarcou consigo as perspectivas de desenvolvimento que, quase sempre, trouxeram como traço marcante a escola. Os dirigentes políticos que comandaram e decidiram os rumos da educação, ora fizeram uma âncora eleitoral, ora um entrave no processo de desenvolvimento autônomo da comunidade escolar, tendo em vista projetos de desenvolvimento de todo o Estado, centrados no capital. O magistério público, no caso específico, o regional, ator e coadjuvante deste processo, levou mais de meio século para concretizar sua autonomia política como a categoria organizada. Nos anos de 1980, que foram de transformação política, alcançou um quadro associativo e depois sindical. As greves se tornaram constantes, com a determinação de construir uma categoria profissional de funcionários públicos ao mesmo tempo em que se lutava pela ampliação do espaço comunitário de democratização do processo educativo. Nos anos de 1990, o magistério público estadual alcançou aproximadamente 15 mil filiados, dentre mais de 50 mil professores, ainda com direitos a serem constituídos e outros a serem recuperados, que perdera, como a Democratização da Educação. |