Resumo: |
Este trabalho teve como objetivo estudar a invenção da tradição religiosa da Cruz da Menina na cidade de Patos, interior da Paraíba, no período de 1923 a 1995, problematizando como, a partir de um crime bárbaro de uma criança, se construiu historicamente um imaginário religioso que edificou e legitimou a menina Francisca como a Santa da Cruz da Menina. Percebendo como as "artes de fazer" são produzidas, apropriadas e pontuadas pelos discursos na elaboração e institucionalização da crença, a partir dos seguintes marcos elencados: a morte em 1923 da menina Francisca e a sua elaboração lingüística/documental a partir da abertura do inquérito policial; a construção da capela em 1929, abertura do processo-crime em 1932 e a construção de um parque turístico religioso em volta da capela em 1993, discutindo como esses marcos são acionados e ressignificados pela construção de uma memória social |