Resumo: |
Este trabalho se dedica a estudar as relações da arquitetura e do urbanismo com bandeiras políticas da modernidade e também como agentes formadores da identidade nacional e estadual. Tomando Curitiba como ponto de referência procuramos decifrar os porquês das transformações no espaço urbano da capital paranaense. Analisando as bases teóricas do urbanismo moderno (introduzido no país por Alfred Agache) e da arquitetura moderna (cujo mentor Le Corbusier teve enorme importância para o desenvolvimento da arte nacional) faz-se um paralelo com as intenções governamentais do período dos anos 40 e 50. A tentativa de se implementar um Plano de Urbanização em Curitiba (Plano Agache, 1943), quando associado ao quadro político da época (Estado Novo) revela propósitos que vão além da melhora dos equipamentos urbanos da cidade e passam a ser uma ideologia aplicada. Da mesma maneira a arquitetura moderna, seus conceitos e simbolismos são transpostos para um Paraná dividido entre o novo e o velho pelo progresso em 1953, ano em que comemora seu Centenário de Emancipação Política, e que busca criar uma nova identidade para o Estado. |