| Resumo: |
Este trabalho pesquisou a história da cidadania no Brasil dos anos 20 e 30. O foco sobre a cidadania pretendeu percebê-la ainda em gestação, enquanto modelo de participação e intervenção do brasileiro junto à sua sociedade. A linha básica desse entendimento partiu do desenvolvimento concorrente da Medicina e do Direito, no período que vai de 1922 a 1937. A partir da Correspondência entre os dois campos verificamos o espaço que essas práticas discursivas construíram para a cidadania e suas possíveis expressões. Ou seja, como esses discursos influenciaram na conformação do conceito formal e da prática da cidadania. Assim examinamos como as bulas, receitas, acórdãos e vereditos orientaram e enquadraram para que um determinado tipo de cidadania fosse praticado. A partir deste mapeamento, detectamos que de acordo com o habitus de médicos e advogados, do topo do campo intelectual, gerou-se um tipo de cidadania extremamente singular, baseada na exclusão e no não reconhecimento do Outro como um Igual abstrato e universal. |
