Resumo: |
Trata-se de um estudo sobre a vida familiar de escravos e libertos - contração, reprodução, manutenção e esfacelamento - em Cotia colonial; onde discutimos a importância do parentesco e do compadrio, o papel da mulher nas sociedades africanas, o significado da maternidade e da criança na África e no Brasil. A conformação econômica de Cotia de 1790 a 1810, aponta para uma região rural, pobre, voltada para a economia de subsistência, mas que permitiu o estabelecimento de famílias escravas e libertas. Os pardos encontravam-se organizados em famílias, consangüíneas e extensas, corroborando com as estruturas familiares africanas onde havia espaço não apenas para a organização familiar nuclear, mas também para a poligamia, a poliandria e outras estruturas. Em Cotia, a posse de escravos encontrava-se difundida entre a população, destacando-se como proprietários os religiosos, os militares, as mulheres e os roceiros |