Resumo: |
O trabalho analisa a imagem da monarquia portuguesa projetada no ultramar americano entre 1640 a 1720. Através do estudo de restauração da independência lusa, pode-se entender o universo mental e político comum que compreendia a corte portuguesa, o Reino e as suas conquistas na América sob o governo da dinastia Bragança, semelhanças que se evidenciam na abordagem de algumas rebeliões. Este jogo de imagens e reflexos entre o reino europeu e a América portuguesa apresenta no entanto suas variações no tempo e no espaço. Diferenças no tempo, entre a corte régia recém-constituída e frágil dos primeiros reis brigantinos, e o maior poder colonizador durante o reinado de D. João V. Diferenças no espaço, pois as várias regiões na América indicam a existência de vínculos diversos estabelecidos entre os vassalos ultramarinos e o poder soberano. Destaca-se ainda a forma como a monarquia portuguesa administrava esses conflitos e a imensa carga de expectativas colocada sobre a figura do rei como personificador do Estado, fazendo com que também a sua personalidade pública fosse, de certa forma, reflexo das situações vividas |