Resumo: |
O Sanatório Pinel de Pirituba, instituição paulista de caráter privado, foi, de acordo com um de seus principais idealizadores, o médico Antonio Carlos Pacheco e Silva, criada a fim de suprir a demanda de leitos em hospitais psiquiátricos,surgida em função do crescimento de São Paulo. A proposta desse projeto de pesquisa é comprovar, principalmente através da análise de seus prontuários psiquiátricos, que abrangem o período de 1929 a 1945, que o sanatório era um espaço não só de aplicação, mas de construção de teorias psiquiátricas que apresentavam uma maleabilidade de critérios que passava pelo crivo de valores normativos, relações de gênero, interesses familiares, senso comum e pela intersecção entre a medicina e adoutrina jurídica, num contexto em que eugenia e higiene (nesse caso a higiene mental) se confundiam |