Resumo: |
Este trabalho aborda e problematiza as diversas formas de engajamento político e crítica cultural assumidas pela canção brasileira renovada, também conhecida como Música Popular Brasileira, entre o surgimento da Bossa Nova (1959) e a diluição do Tropicalismo (1969). A MPB traduziu projetos e contradições dos artistas e intelectuais envolvidos de alguma forma com o paradigma "nacional popular", tomado aqui como uma cultura politica. Ao mesmo tempo, a MPB esteve no epicentro da reorganização da indústria cultural brasileira, tornando-se um dos seus produtos mais rentáveis. Através do estudo de fontes escritas e musicais, mapeamos e analisamos as imbricações destas duas facetas - veículo ideológico e produto comercial - da canção brasileira dos anos 60, em meio às profundas transformações políticas pelas quais passava o país, sobretudo após o golpe militar de 1964 |