Reformismo Ilustrado, Censura e Práticas de Leitura: Usos do Livro na América Portuguesa

Luiz Carlos Villalta (Orientador: Laura de Mello e Souza)
Tese de Doutorado
Programa: USP/SOCIAL
Defesa: 1999
Banca:
Resumo: Esta tese propõe-se a investigar os usos do livro na América Portuguesa, fazendo referências também a Portugal. Embora concentre-se nos anos compreendidos entre 1750 e 1822, para compreender as especificidades deste mesmo período, recua quando necessário ao século XVI. Primeiramente, apresenta um quadro de referências culturais e dos alvos de ataque da censura portuguesa e dos leitores no período do Reformismo Ilustrado: de um lado, as teorias corporativas de poder da Segunda Escolástica, os milenarismos e o anti-cientificismo e, de outro, a Ilustração e, ainda, as linhas gerais do Reformismo Ilustrado português, de Pombal ao Príncipe Regente D. João VI. Em segundo lugar, focaliza a atuação da censura e da Coroa em relação aos livros, isto é, os usos prescritos e interditados, avaliando os parâmetros censórios e suas modificações sob o Reformismo Ilustrado; acompanhando as práticas de controle e, inversamente, de difusão que afetaram a circulação e a posse de livros; e, ainda, examinando as concessões de licença para a leitura de livros proibidos. Por fim, aborda os usos do livro no mundo luso-brasileiro, através da análise da distribuição da posse de livros e da composição das bibliotecas; depois, da identificação das concepções de uso formuladas pelos próprios leitores; e, em seguida, examinando as práticas de leitura que acompanharam a formulação de proposições heréticas e, de forma mais particularizada, a Conjuração de Minas Gerais, avaliando os pesos
Páginas: 546
Financiamento:
  • CAPES
URL: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-14122009-115825