| Resumo: |
O objetivo principal é a identificação e análise das etapas da formação da mentalidade ou idéia de progresso, no Brasil, entre os séculos XVIII e XIX, na transição da situação colonial para a formação do Estado nacional brasileiro. Organizamos a apresentação da temática em três partes, considerando: a) - a visão panorâmica sobre a idéia de progresso, desde os primórdios até a Idade Moderna, observando sua amplitude e concepção cosmopolita, como destino manifesto nas formações sociais ocidentais, e as situações de defasagens socioculturais, entre os principais centros de referência europeus e a metrópole portuguesa, e entre estas regiões européias e a formação social brasileira, na época colonial; b) - a situação acadêmica da idéia de progresso, a partir do estabelecimento de academias, na Europa, e sua reprodução, no Brasil, durante o período colonial, segundo os aspectos formais do funcionamento e do patrocínio ou proteção mecênica, quando as academias evoluíram das características literárias para as considerações científicas, identificando-se com a utopia colonial de progresso, reprimida pelas razões do Estado metropolitano; c) - a transmigração da corte portuguesa, para o Rio de Janeiro, uma forma de transplantação das práticas intervencionistas, prerrogativas e razões de Estado, configurando-se como um período em que se praticou uma espécie de pedagogia do progresso, quando as iniciativas oficiais cumpriram funções estimuladoras e promotoras dos melhoramentos e da atualização histórica: estudamos as iniciativas para a criação da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, instalada em 1827, concebida como uma espécie de agência promotora do progresso, veiculado através de O Auxiliador da Indústria Nacional, publicada a partir de 1833. |
