Redenção e Miragem na Indústria do Caroá. Crescimento Auto Sustentado no Sertão do Nordeste (1932/1960)

Fernando Roberto Barros Patriota (Orientador: José Jobson de Andrade Arruda)
Tese de Doutorado
Programa: USP/ECONOMICA
Defesa: 1999
Resumo: Este ensaio trata da industrialização têxtil ocorrida nos sertões nordestinos a partir da passagem do artesanato à usina mecanizada, baseada na exploração do caroá, planta nativa nessa região, cujas folhas após serem desfibradas, ou beneficiadas mecanicamente, resultavam em fibras aptas ao consumo produtivo das fábricas de sacaria do país. Tendo começado pioneiramente em Pernambuco, com a instalação de centenas de usinas desfibradoras, logo mais estendeu-se a toda zona sertaneja do Nordeste onde vicejasse em grande escala essa bromeliácea, capaz de sustentar o consumo industrial. Com a Segunda Guerra mundial, e a desorganização do comércio de juta, as fibras do caroá abasteceram o mercado nacional das fábricas de sacaria, além de ser também artigo de exportação internacional. O fim da Grande Guerra trouxe a guerra comercial entre as fibras da juta, do caroá e do emergente sisal pela disputa do mercado de fibras duras voltadas para a sacaria e a aniagem em geral. Desse modo, estudo aqui a gênese, evolução e declínio da indústria têxtil do caroá nos sertões do Nordeste brasileiro como um processo interrompido.
URL: Tese não digitalizada