Resumo: |
Este trabalho trata das relações entre Estado, ciência e tecnologia no campo da saúde pública, a partir da análise de uma instituição, a Fundação Oswaldo Cruz. Mostro que o período de 1900 a 1937 corresponde à ascensão e ao declínio de um projeto voltado para a construção de uma ciência biomédica brasileira, em bases relativamente autônomas. Examinei, ainda, o período compreendido entre 1975 e 1979, quando este projeto foi retomado, tendo o Instituto Pasteur de Paris como modelo. A história institucional de Manguinhos parece corroborar a pertinência das noções de apogeu, ostracismo e recuperação, a partir de sua relação com o Estado. A dissertação discute os graus e limites da intervenção do Estado e da autonomia possível na instituição, além de fazer uma análise comparativa das trajetórias dos institutos Pasteur e de Manguinhos. |