Resumo: |
O presente trabalho versa sobre a colonização italiana no vale do Itajaí-Mirim, particularmente do Município de Botuverá, antigo distrito de Porto Franco. Enfocou-se com o estudo o aspecto histórico e geográfico da Colônia Brusque, pelo fato de na mesma terem sido criados dois núcleos de colonização italiana: o de Nova Trento, no vale do rio Tijucas, e o de Porto Franco, no médio vale do Itajaí-Mirim, sendo que sobre este último deteve-se a presente pesquisa. A entrada dos contingentes italianos na referida Colônia iniciou-se em l875, por força do Contrato Caetano Pinto. Contava a Colônia, então, com quinze anos e a maioria de seus componentes eram de origem germânica. Efetuou-se uma analise das principais cláusulas do Contrato, que pela sua falha execução acarretaram grandes problemas, tanto para o Império Brasileiro e para a Província de Santa Catarina, como para os imigrantes. A forma como os mesmos deram entrada na Colônia desequilibrou sensivelmente a administração colonial que se viu impossibilitada de resolver, a curto prazo, os problemas originados com a chegada dos novos colonos. As dificuldades surgidas eram várias e, conseqüentemente, idéias preconceituosas recaíram sobre esta colonização. Foram os colonos mal localizados, em área geograficamente adversa e que dificultou sensivelmente seu progresso econômico. Ainda decorrente do preconceito, outras potencialidades do imigrante foram subestimadas. Os resultados desta colonização foram ainda enfocados dentro dos aspectos sócio-econômico e cultural em geral, objetivando-se dimensionar realmente as causas principais que entravaram o desenvolvimento da área em questão e que persistem, em parte, até a atualidade. |