| Resumo: |
Esse trabalho tem como objeto de análise os Balestra, uma família de italianos presente em Goiás desde 1912 e instalados em Inhumas na década de 1920. Nossa tarefa diante esse tema e ausência quase total de estudos específicos que contemplem estrangeiros como líderes na política em instâncias de cidades interioranas brasileiras, é buscarconstituir através de sua trajetória, os instrumentos materiais, políticos, econômicos e simbólicos estruturados em torno da família, tarefa cuja perspectiva nos remete a entender como tornaram-se dominantes e em que medida universalizaram valores tão pessoais gestados no interior do grupo, que, consciente ou inconsciente foram socializados, absorvidos pela população local, que os conhece e reconhecem. Sustentados teoricamente em Pierre Bourdieu por se revelar mais adequado para estudar a família enquanto mediação entre individuo e sociedade a partir dos dois estados da história- objetivada e incorporada- várias foram as fontes que possibilitou esse trabalho: arquivos pessoais da família Balestra, da Câmara Municipal de Inhumas, da Prefeitura Municipal de Inhumas, do Cartório de Registro Civil de Inhumas, Cartório Eleitoral, documentos do Arquivo Histórico de Goiás, fotos do Arquivo do Museu de Imagem e Som Zoroastra Artiaga, dos Cartórios de Registro de Imóveis de Inhumas, Mapas (indicando localidades e trajetórias dos Balestra), Jornais e Goiânia e Inhumas, entrevistas e relatórios administrativos. As fontes aqui apontadas, selecionadas, analisadas e criticadas nos serviu para entender que toda ação social humana pode ser vista como o resultado de uma constante negociação, escolha e decisões individuais ou coletivas que normatizam uma realidade, o que oferece novas possibilidades interpretativas. |
