Resumo: |
O Estudo sobre a Nacionalização do Ensino em Santa Catarina, tem por objetivo demonstrar a preocupação que esta problemática trouxe às autoridades constituídas e, de um modo especial aquelas relacionadas com o ensino no Estado. É ainda meta deste trabalho, estudar a extensão do problema, procurando suas origens e concluir sobre o alcance das medidas postas em prática pelo governo federal e, sobretudo, no que diz respeito a atuação das autoridades educacionais de Santa Catarina. Os imigrantes alemães que por razões diversas se instalaram em terras catarinenses, fundavam logo a escola da comunidade, já que o governo brasileiro não se preocupava com a formação cultural destes núcleos de população estrangeira. O desenvolvimento destas comunidades alienígenas, isoladas dos contingentes populacionais brasileiros do litoral e do planalto, proporcionou a manutenção dos traços culturais trazidos da Europa e a escola, onde o professor era um elemento da comunidade ou oriundo da própria Alemanha se transformou na defensora destes costumes e tradições. O processo de nacionalização do ensino em Santa Catarina foi acionado no final da segunda década deste século, quando foi criada a Inspetoria do Ensino. No entanto, foi com o Estado Novo que se ativou este processo, surgindo uma legislação específica, capaz de concretizar os objetivos nacionalistas do governo nas áreas de colonização alemã do Estado, utilizando-se sempre a escola elementar, como instituição pioneira no processo. Várias escolas particulares foram fechadas, sendo substituídas por estabelecimentos de ensino público. Intensificou-se a atuação dos inspetores de ensino, junto às escolas, fiscalizando e orientando a aplicação da nova legislação. Enfim ativou-se um processo que há muito se desenrolava em passos lentos. O processo de nacionalização não se completou de imediato, mas até o início da década de 1940, a assimilação dos elementos germânicos à sociedade brasileira alcançou resultados satisfatórios. |