Resumo: |
Esta tese analisa a formação e consolidação do núcleo agrário cafeicultor desenvolvido em Minas Gerais entre 1780 e 1870. Vincula a sua gênese ao trânsito de capitais e elites provenientes da mineração e das redes mercantis da província. Após a decadência das oportunidades de extração mineral, novas fronteiras são abertas conduzindo à ocupação da Zona da Mata e à formação de uma dinâmica economia cafeeira, processando-se a transformação do capital mercantil em capital agrário. São analisados os traços gerais do sistema agrário, caracterizado pela grande propriedade de terras e escravos. Como pano de fundo deste processo forma-se uma rede de relações sócio-familiares, buscando, através das redes de matrimônio, compadrio e sistemas de herança, as estratégias de manutenção do poder e ascensão ao status de grandes proprietários de terras e escravos no nascente núcleo agrário-exportador da Mata mineira. |