Resumo: |
A tese intitulada "Conciliação, Reforma e Resistência" é um estudo das relações sociais que se desenvolvem no Estado de Minas Gerais, nos anos 50, analisadas a partir da sua inserção na realidade nacional. Governo, empresários e trabalhadores sãos os sujeitos dessa relação, em si mesma contraditório, assim como é contraditória a relação capital/trabalho no capitalismo. Na dinâmica de afirmação dos diversos segmentos sociais, empresários e trabalhadores construíram os seus mecanismos de participação política, mesclando conciliação e resistência no trajeto mesmo do fazer-se das classes sociais. Como pano de fundo, a política de modernização dos anos 50 e as propostas de planejamento dos governos federal e mineiro, mostrando a aparente dubiedade da ação do Estado que, ao mesmo tempo que acenava com a possibilidade de mudanças sociais capazes de alterar a desigualdade, tomava medidas que aceleravam o processo de acumulação. A análise do cotidiano dos trabalhadores em Minas Gerais aborda situações concretas de vida, explicando os efeitos limitados da modernização do país, o que levou esses trabalhadores, e a população urbana em geral, a reagir por meio de greves e movimentos populares de contestação. A visão empresarial contrapõe com a proposta de adoção de políticas sociais voltadas para a qualificação de mão-de obra, melhoria das condições de trabalho e assistência social, como caminhos para a justiça social.Nesta conjuntura, o que se destaca é uma convivência entre governo, empresários e trabalhadores que oscila entre o conflito e a harmonia, percebida principalmente nas posturas defendidas pelas respectivas associações |