A República e o Imperialismo: A Disputa pela Posse da Ilha da Trindade (1895-1896)

Virgílio Caixeta Arraes (Orientador: José Flávio Sombra Saraiva)
Dissertação de Mestrado
Programa: UnB/PPGHIS
Defesa: 1998
Resumo: Este estudo tem por escopo propiciar uma visão de conjunto do conflito diplomático pela posse da ilha da Trindade(1895-96) entre o Brasil e a Grã-Bretanha. No início do mandato presidencial de Prudente de Morais, primeiro civil a governar o Brasil no regime republicano, a ilha foi ocupada por um navio britânico, sendo declarada parte integrante do império britânico. O Brasil saberia da ocupação pela imprensa britânica. O clima interno do país era turbulento, recuperando-se ainda das seqüelas produzidas pela Revolta da Armada(1893-94). No campo da política externa, o idealismo, que buscava seu eixo para a América em detrimento da Europa-mais precisamente Grã-Bretanha-- e marcou os primeiros gestos e ações da política republicana, como, por exemplo, o Tratado de Montevidéu sobre a área das Missões(1890) começa ser suplantado pelo realismo. A justificativa da ocupação britânica foi a instalação de um cabo telegráfico submarino, que ligaria Buenos Aires até Londres, passando por algumas possessões britânicas no Atlântico sul. O Brasil conduziu sua ação nesse conflito sempre optando pelo diálogo, ainda que, em determinado momento, alguns radicais exigissem até o rompimento com a Grã-Bretanha. Após um ano de negociação, e com a colaboração de Portugal, que ofereceu seus bons ofícios, o Brasil retomaria a posse da ilha em agosto de 1896.
Páginas: 157
URL: Tese não digitalizada