| Resumo: |
Entre os objetivos que pretendemos alcançar com essa dissertação, está a tentativa de comprovar um novo direcionamento, sob os aspectos social, econômico e político, adotado por D. Fernando, especialmente, a partir de 1373, que, ao contrário do início de seu reinado, passou a ter por base as atividades marítimo-comerciais, além de uma produção agrícola voltada, predominantemente para o mercado externo. Um outro objetivo é o de ressaltar o crescimento e desenvolvimento de vilas e cidades que atraíam para si a população campesina, indispensável para impulsionar as atividades manufatureiras e comerciais, cujos agentes conquistaram aos poucos mais espaço político, graças à atuação nos concelhos e nas cortes. Para alcançar os objetivos pretendidos, estruturamos esse trabalho em três capítulos. No primeiro capítulo iremos analisar as estruturas econômicas e sociais, englobando o reinado de D. Pedro (1357-67) e de D. Fernando (1367-83), levando em consideração as condições geográficas, os recursos naturais, os diversos setores econômicos e os principais aspectos da sociedade portuguesa da época. No segundo capítulo faremos um estudo das crises ocorridas durante o governo fernandino, destacando a figura do rei, as Guerras com Castela, a situação da zona rural com a consequente publicação da Lei das Sesmarias (1375), o relacionamento entre o rei e a nobreza, o clero durante esse período, dando ênfase a seu comportamento em relação ao Cisma do Ocidente. Já no terceiro capítulo, analisaremos o relacionamento entre o rei e a burguesia, especialmente, no que concerne a ressaltar o redirecionamento político adotado por D. Fernando, tendo por base as atividades manufatureiras e comerciais, procurando demonstrar o peso político dessa camada com a consequente publicação de leis que tiveram por objetivo impulsionar o desenvolvimento das atividades empreendidas pela alta burguesia. Também faremos uma análise das rebeliões sociais ocorridas no período. |
