Resumo: |
O presente trabalho analisa o processo de construção do imaginário que legitimou a criminalização das substâncias de natureza tóxico-entorpecente entre a última década do século XIX e as duas primeiras décadas do século XX a cidade do Rio de Janeiro. Fruto da ação direta das potências mundiais, sobretudo Inglaterra e Estados Unidos, a criminalização dos entorpecentes entre nós representou o definitivo alinhamento ao modelo econômico imposto por estas potências. Por outro lado, a consolidação do campo do saber médico em oposição a tradicional medicina popular restringe a ação curativa aos iniciados nos domínios da ciência médica. |