Resumo: |
Este trabalho procurou aliar ao estudo etnográfico de um espaço de exposição, a Sala do Artista Popular, do CNFCP, da FUNARTE, a intenção de focalizar determinadas concepções e conceituações que configuram a política de artesanato daquela instituição, a partir da década de oitenta. Percorrer os circuitos da SAP é reconhecer uma linguagem bastante estruturada que, sob a forma de um discurso, procura totalizar determinadas representações sobre os artistas, grupos e comunidades expositoras. A exposição é, portanto, o lugar privilegiado para a construção de identidades, que vão sendo confrontadas no momento de visita. Cada mostra procura reunir em seu entorno todos aqueles que participam para sua produção: agentes institucionais e artistas expositores. O processo de reconhecimento, "adequação" ou trampolinagem, no dizer de Michel de Certeau, para aqueles que desejam participar de uma expositiva, é também o nosso objeto de investigação. |