Resumo: |
Um grave aspecto humano une as representações artísticas do alemão Caspar David Friedrich (1774 - 1840), as do greco-italiano Giorgio de Chirico (1888 - 1978) e as do americano Jasper Johns (1930): a visibilidade da solidão. De fato, separados os artistas em espaço e tempo, a natureza da solidão em cada um dos artistas apresenta-se, como era de se esperar, diferente. Investigar esta diversidade é viajar no tempo histórico, nos lugares de onde falam os artistas e na arte. Só a arte pode nos mostrar um espetáculo do espetáculo de uma realidade histórica. Os aspectos históricos-culturais que coincidem com as obras e as biografias dos artistas, abrem universos morais. Assim, a solidão que surge em Caspar David Friedrich expõe abandono existencial e desamparo sócio-político. Já a de Giorgio de Chirico, abrange a questão do destino da razão técnica moderna e o seu desvio do humano. Para finalizar, a do norte-americano Jasper Johns, em meio ao universo dos mass media, a solidão parece adquirir o estatuto de condição humana fundamental. |