Bancos, Economia e Poder no Segundo Reinado: O Caso da Sociedade Bancária Mauá, MacGregor & Companhia (1854-1866)

Carlos Gabriel Guimarães (Orientador: José Jobson de Andrade Arruda)
Tese de Doutorado
Programa: USP/ECONOMICA
Defesa: 1997
Resumo: Tendo participado ativamente do processo de consolidação do Estado Imperial, o negociante da firma inglesa no Brasil Carruthers & Co., Irineu Evangelista de Souza, Barão, e depois, Visconde de Mauá, juntamente com grandes negociantes e capitalistas do Rio de Janeiro organizaram o terceiro Banco do Brasil em 1851, o primeiro após a promulgação do Código Comercial Brasileiro. O banco teve uma curta duração em virtude da Reforma Bancária de 1853, que criou o quarto Banco do Brasil, fruto da fusão do Banco do Brasil de Mauá com o Banco Comercial do Rio de Janeiro. Eleito diretor, mas perdendo a presidência do novo banco, o Barão de Mauá, juntamente com os mesmos negociantes e capitalistas, organizaram a Sociedade Bancária Mauá, MacGregor & Cia em 1854. Esse banco, após a sua reorganização em 1855, em virtude do governo imperial ter proibido a forma utilizada pelo banco, a sociedade comandita por ações, teve uma participação ativa na conjuntura política e econômica brasileira. Face ao agravamento da economia ligada principalmente à política restritiva de crédito do governo, cujo ápice foi a quebra da casa bancária Souto & Cia, em 1864, o Banco Mauá, MacGregor & Cia foi liquidado em 1866, após uma tentativa de fusão com o London and Brazilian Bank Limited.
URL: Tese não digitalizada