Resumo: |
Caracteriza a Balaiada como uma extensa e profunda rebelião sertaneja que envolveu o Maranhão, parte do Piauí e do Ceará, de 1838 a 1841. O movimento resultou, segundo a autora, da exaltação de ânimos em conseqüência dos desmandos locais e emergiu contra a estrutura político-social vigente na época. Principiou comas divergências políticas entre os liberais, chamados bem-te-vis, e os seus adversários, os cabanos, conservadores. Os bem-te-vis pregavam a decisão armada, que acabou escapando ao controle da classe política e revelou seu caráter social. Economicamente, em fins da época colonial, o Maranhão, herdando uma estrutura social gerada na produção do algodão, encontra-se instável. Aquela produção organizada em rezão da guerra da independência dos Estados Unidos e da Revolução Industrial, declinou paralelamente ao desaparecimento externos favoráveis à economia exportadora. Para o término da Balaiada contribuiu a habilidade política e militar de Luiz Alves de Lima e Silva, culminada com a anistia que ofereceu aos sediciosos, proporcionando total rendição. |