Resumo: |
Estuda-se o processo político cearense (1868-1889), examinando, através dos mecanismos de centralização-descentralização, o grau de envolvimento dos poderes central e local. Questionam-se as posições extremadas clássicas, optando pelo enfoque interativo entre o papel do governo central e as forças políticas locais. A análise do processo histórico permitiu a apreensão de permanências estruturais. Observaram-se os momentos de impasse entre o poder imperial e a elite local na Grande Seca (1877-1879). Bem como a atuação política das oligarquias cearenses nos anos 80: os antagonismos inter-partidários abolicionistas e republicanas. Conclui-se que existe continuidade de fato político, no qual se movem, num estreito círculo. Os atores, afirma a autora, envolvem-se numa política de compromisso, que se concretizará, efetivamente, na República Velha. |