Resumo: |
O presente estudo buscou interpretar as relações estabelecidas entre a indústria e a agricultura no contexto do padrão de acumulação monopolista, dependente e internacionalizado, no período compreendido entre 1956 e 1976. Priorizou-se uma análise na qual a referida relação foi interpretada enquanto fruto da luta social e da dinâmica de reprodução mundializada do capital. A configuração do padrão de acumulação reinante e, por consequência, das relações estabelecidas entre a indústria e a agricultura, foi concedida como fruto de um projeto social que, neste contexto, se impôs sobre outros. As relações de classes, o papel social desempenhado pelo Estado, o padrão de endividamento externo, a multinacionalização econômica, a homogeneização monopolística do mercado nacional, entre outros processos, determinaram a referida relação. Expressaram, enfim, uma modalidade de desenvolvimento capitalista fruto da dinâmica particular que as lutas sociais e a homogeneização oligopolística do mercado mundial assumiram no Brasil. |