Resumo: |
A preocupação central deste trabalho e discutir a crise habitacional que afetava grande parte da população carioca. Estuda as condições de moradia existentes na cidade do Rio de Janeiro entre 1945/50, a disponibilidade desigual dos equipamentos de consumo coletivo (transporte, água, esgoto, etc.) Nas diversas zonas urbanas, entre outras questões. Dentro dessa perspectiva, busca traçar o dia-a-dia da população residente nessa cidade e suas formas de manifestação, organizada ou não, agindo individualmente ou não frente aqueles por ela identificada como os responsáveis pelos problemas de habitação. Nesse sentido, o estado apareceu como o grande responsável pelos equipamentos de consumo coletivo acima citado, por ser proprietário, financiador, investidor, concessor, normalizador, legislador e frente aos anseios da população na conquista de seus direitos de cidadania. Pretendo, portanto, entender o processo de fracionamento, valorização e ocupação do espaço urbano carioca. Por fim, analiso as leis do inquilinato (de 1942 a 1950), não só pela sua suposta função reguladora da relação locador/inquilino, mas também pela sua função ideológica, pertencente ao aparato jurídico do estado. |