Resumo: |
A presente pesquisa tem por objeto o Partido Comunista do Brasil (PCB) quando mais estava em evidência, em seu interior, o denominado "stalinismo", influência político-ideológica soviética e de seu líder Stalin. Procura-se demonstrar as consequências no Brasil da crise desse modelo a partir das denúncias formuladas contra Stalin em 1956. A trajetória do PCB é analisada, utilizando-se inclusive documentação inédita, desde os anos 40, quando de sua organização e legalização, passando pelos entraves criados pela Guerra Fria (retorno à clandestinidade e radicalização do discurso). Isso objetiva apontar os elementos que levaram a cisão de 1956/7 e o surgimento de grupos de esquerda marxista críticos da política pecebista, delineando o início da perda de hegemonia do PCB nesse setor da política brasileira. Perpassa o trabalho a crítica da estratégia de revolução burguesa defendida pelo PCB para o país, frente a um Brasil já em franco desenvolvimento capitalista e uma classe operária desprovida de um instrumental político de caráter socialista, o qual o Partido que se propunha representá-la recusava-se a formular. |