O Nativo e o Exótico: Perspectiva para a História Ambiental na Ecorregião Norte-Noroeste Fluminense entre os Séculos XVII e XX

Aristides Arthur Soffiati Netto (Orientador: Maria Manuela Ramos de Sousa e Silva)
Dissertação de Mestrado
Programa: UFRJ/PPGHIS
Defesa: 1996
Banca:
Resumo: Historiador e ecologista, busquei, neste estudo, examinar diacronicamente o impacto dos modos de vida dos povos pré-colombianos sobre a natureza não-humana em comparação com os modos de vida instalados pelos povos de origem europeia, tomando por base um espaço geográfico que denomino ecorregião norte-noroeste fluminense. Ecorregião porque o espaço analisado não se define apenas por fronteiras arbitrárias criadas pela história política, senão também que por fatores de ordem ecológica. Norte-noroeste fluminense porque se situa nestes pontos cardeal e colateral do que futuramente virá a constituir-se no Estado do Rio de Janeiro, uma das unidades da federação brasileira. O adjetivo fluminense pareceu-me mais apropriado por permitir me esquivar de anacronismos, já que me movimento no longo período situado entre os séculos XVII e XX. Foi no século XVII que começou uma ocupação contínua de colonos europeus na ecorregião localizada entre os rios Macaé e Itabapoana - a ecorregião norte-noroeste fluminense. Impôs-se chegar a atualidade com o fim de mostrar as profundas transformações que se operam nos ecossistemas aquáticos continentais, nos ecossistemas vegetais nativos, na biodiversidade faunística na coerência dos ecossistemas característicos da ecorregião em pauta pela introdução de espécies exóticas. Para empreender tal estudo, esforcei-me para atingir a convergência de ciências humanas da natureza não-humana (geologia, limonologia e biologia) com ciências humanas da natureza humana (história, antropologia, economia e sociologia) vistas pelo prisma da ecofilosofia e tratadas de uma forma transdisciplinar. No decurso do estudo, procuro sempre confrontar a ecorregião sem a presença de seres humanos e com a presença deles, bem como contrastar os modos de vida desenvolvidos pelas antropossociedades nativas e as antropossociedades exóticas. O nativo e o exótico representam o elo de ligação entre os capítulos aparentemente independentes...
Páginas: 285
Financiamento:
  • CAPES
URL: Tese não digitalizada