Resumo: |
Esta tese discute processos civilizadores em experiências cotidianas de regulação do tempo doméstico, no Rio de Janeiro do século XIX. Localiza, ainda, em alguns padrões dominantes de domesticidade e de intimidade do século XIX, um campo de experiências do tempo e do espaço femininos. As práticas domésticas expressam duas tendências civilizatórias sob tensão: a da autarquia doméstica e a do alargamento da vida social, impulsionadas por momentos de prazer e de dor. O cotejo de diferentes fontes históricas, como manuais de economia doméstica, inventários, anúncios de jornais e material publicitário, narrativas de viajantes e cronistas, diários, cartas e obras literárias, revela que as relações e ações domésticas compõem, na história cotidiana, tramas de diversos significados, conferindo aos processos civilizadores alguns de seus muitos sentidos. |