Resumo: |
Estabelece relações entre o espaço arquitetônico e o meio urbano, tendo como base o Palácio dos Campos Elíseos, que se mostrou documento extremamente rico para a compreensão dos valores socialmente produzidos de tradição e modernidade. Analisa dois momentos paralelamente: 1892 a 1911, construção e transferência para o Estado; 1967 a 1972: elaboração do "mito" via imprensa. No primeiro momento, tem-se a apropriação do ecletismo como elemento portador de um significado de modernidade ou de modernismo. No segundo momento, quando se dá a transferência da Sede e da Residência Oficial do Executivo para o Palácio dos Bandeirantes, o incêndio que destruiu parcialmente o Palácio dos Campos Elíseos, e quando se colocou a questão de sua preservação na função de um simbolo da tradição da Paulicéia. Utiliza-se desses dois períodos para buscar a compreensão das relações entre "modernidade" e "tradição" e os mecanismos de mudança de um para outro. Recupera o processo de transformações urbanas da cidade de São Paulo nas décadas citadas, que de forma sucinta se materializavam na "rosa e pá de padeiro", símbolos da administração Faria Lima. |