Resumo: |
Dentro das possibilidades temáticas da terra e trabalho, optou-se pelas relações reciprocidade nas comunidades rurais no município de Goiás. Buscou-se nas relações vicinais os elementos constitutivos da prática de ajuda mútua nas sociedades camponesas. A análise dos meio social e econômico possibilitou a avaliação das condições históricas das referidas práticas por determinados grupos sociais. Antes de tudo, verificou-se a importância histórica dos laços solidários para a organização social dos pequenos produtores rurais, sujeitos às dificuldades de seu tempo. A deficiência de recursos técnicos e econômicos, somados a uma situação de orfandade institucional, aproximava o roceiro do seu grupo de convívio, que o amparava em todas as circunstâncias de sua vida. Algumas leituras sociológicas e antropológicas forneceram subsídios para a complementação da análise comparativa, o que possibilitou a revisão de alguns estereótipos. Dentre estes, destacou-se a indolência e a desnutrição, que por muito tempo caracterizaram o pequeno sitiante brasileiro, sendo que as conclusões foram bastante díspares. Por fim, verificaram-se os agentes dissolventes dos laços solidários, através do avanço da economia capitalista. O resultado foi a gradativa desagregação das comunidades rurais e de seus costumes. |