Resumo: |
Mostra a luta do trabalhador na posse e nas ocupações de terras, na Dolorosa Transição (de trabalhador sem a terra a trabalhador com a terra). Aqui é analisada a travessia pela qual o trabalhador passa, a fim de sair da condição de excluído, para galgar a condição de pequeno proprietário de uma gleba de terra. Os organismos de apoio ao movimento de trabalhadores sem terra têm importância na medida que se posicionam como sustentação à luta dos trabalhadores. Cada um contribui, na sua especificidade própria, como a CPT (Comissão Pastoral da Terra), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) a Diocese de Goiás e o STR (Sindicato dos Trabalhadores Rurais). Estes organismos se relacionam a partir da perseverança dos trabalhadores em enfrentar as dificuldades advindas dos enfrentamentos pela posse e ocupações de terras. As três (03) resistências na posse e as nove (09) ocupações de terras, no Quadro Histórico e geográfico da Diocese de Goiás, nas décadas de 80 e 90, traçam um conjunto de ações chamadas "limite de risco da própria vida das famílias envolvidas", nos episódios descritos. Tais ações constituem-se em práticas que caracterizamos de "Dolorosa Transição". Chegamos à conclusão de que a análise feita dos movimentos pela posse e ocupações de terras na Diocese de Goiás traduz claramente que os conflitos têm como principal interpelação principal, a luta contra a exclusão, primeiramente dos posseiros de suas posses e em segundo lugar, a exclusão dos trabalhadores do acesso à terra e do processo produtivo. |