Resumo: |
Entre o ritual e o mito no Egito faraônico estabeleceu-se uma íntima relação. O mito ajudava a entender as forças da natureza e os fenômenos naturais, descrevendo como algum fato se dera pela primeira vez, num passado longínquo. O ritual transformava um ato banal em sagrado, reafirmando o mito. Um dos mais importantes rituais realizados no Egito foi o ritual, feito à estátua divina em cada templo, três vezes ao dia; em princípio, pelo próprio faraó, que, não podendo estar em todos os templos ao mesmo tempo, delegava esta atribuição a alguns sacerdotes. O ritual diário recebeu fundamentação nos mitos de Rá e Osíris, profundamente associados ao Reino Novo (1552 a.C. a 1069 a.C.). As 36 imagens relativas ao ritual diário, encontradas no templo de Sethi I (Reino Novo, XIX dinastia), em Ábidos, confrontadas com os mitos de Rá e Osíris encontrados no Livro dos Mortos e nas Preces a Rá do Reino Novo. O papel do faraó como oficiante do culto. Uma ordenação das cenas da capela de Rá-Harakheti. |