Resumo: |
Estuda a nação imaginada e o imaginário social que permeia a produção literária angolana a partir de 1975, ano de independência de Angola e da fundação da União dos Escritores Angolanos, até 1985, quando o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) realizou o seu 2o Congresso. Mostra como a historiografia sobre a chamada Revolução Angolana e seu Projeto Nacional esta sendo construída, sendo um importante capítulo da história africana e do próprio socialismo. Afirma que haviam fatos importantes relativos a Angola, que os literatos não sabiam ou não expressaram, desviando, muitas vezes seu de olhar determinadas realidades. Analisa o final do período estudado, mostrando a desilusão quanto a guerra com a Unita, ao burocratismo, ao oportunismo, a permanência da mentalidade burguesa, a expropriação do público pelo privado e a corrupção ameaçava mortalmente o ideal de uma nação socialista. Conclue que a "Geração da Utopia", amargurada, tinha a sensação que lutara por um ideal cujo resultados não estavam de acordo com o que se tinha combinado. |