| Resumo: |
Um dos objetivos desta pesquisa é tentar recuperar a história do Partido Comunista em Santa Catarina, desde a sua fundação até praticamente sua extinção em 1979 no Estado. Por outro lado, uma das maiores descobertas deste trabalho foi o de verificar que o PCB em Santa Catarina nasceu juntamente com a construção da Ponte Hercílio Luz, isto é, durante a sua construção e não com a formação da Aliança Nacional Libertadora (A.N.L.) como era considerado na historiografia catarinense. Depois de uma série de acontecimentos políticos no Brasil como: a Revolução de 30, a Intentona Comunista e o Estado Novo em 1937; finalmente, em 1939, os militantes do PCB catarinense voltam a se encontrar e fundam o Partido propriamente dito no Estado propriamente dito. Daí para frente participam da campanha para a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial e, também, já na legalidade, concorrem nas campanhas eleitorais de 1945 e 47, sendo que neste mesmo ano o Partido fora posto na ilegalidade. Mesmo ilegal, a partir da década de 50, o Partido, no Estado, participa de uma série de movimentos como: a Campanha "O Petróleo é Nosso", "contra a Bomba Atômica", "contra a fome", lançando, também, no Estado, uma série de literaturas próprias como jornais e revistas. Já com o Golpe de 1964, dado pelos militares, o Partido sofreria os anos mais penosos nas mãos das Forças Armadas que já haviam eleito, em 1937, os comunistas como inimigos número um da Nação. Por último, o trabalho analisa a "Operação Barriga Verde" realizada no Estado em novembro de 1975, iniciando esse processo com a prisão de 41 pessoas entre militantes e simpatizantes da causa comunista. Esta última parte tenta demonstrar a divisão que se deu no Exército que para justificar o "medo" da política de distensão que iria ser imposta por Geisel, dessa forma, elege-se novamente os comunistas como bodes-expiatórios. |
