Resumo: |
O presente estudo propõe-se a analisar a importância da atuação na Cidade do Rio de Janeiro, no período de 1831 a 1837, tanto na luta pelo poder quanto na orientação da opinião pública. Procedeu-se a uma reflexão sobre o leitor e o papel que o jornal desempenhou no seu dia-a-dia. Estudou-se o leitor através da Seção de Correspondência. Destacou-se esta Seção como meio dos cidadãos se comunicarem entre si e, sobretudo, levarem ao conhecimento das autoridades, suas queixas, necessidades e sugestões. As cartas mostram os leitores interessados pelo bem da coletividade e, consequentemente, em não deixar os atos das autoridades sem constante fiscalização. Nos primeiros anos da Regência, os jornais de oposição defenderam reformas mais profundas na sociedade. Divergiram da postura do governo em manter a ordem vigente. Verificou-se que as soluções dos missivistas para resolver os problemas da cidade não representaram transformações radicais. Refletiram os mesmos valores impostos pelos jornais da situação. Esta pesquisa desenvolveu-se mediante utilização abrangente dos periódicos. Não se estabeleceu distinção entre os jornais de circulação regular e os jornais efêmeros, os chamados "pasquins" como fonte de informação, contrariando imagem negativa construída pela historiografia. |