Resumo: |
Objetiva conhecer a dinâmica da ocupação do solo em Goiás, utilizando-se de documentos antigos e atuais disponíveis, cartas topográficas, mapas temáticos e históricos e, principalmente, os produtos de sensores remotos como os utilizados pelo RADAMBRASIL. Através destes, tornou-se possível o mapeamento da vetação natural e do uso do solo, complementados pela análise histórica do processo de ocupação do território na Região do Rio dos Bois, constata que as matas, a princípio, eram consideradas um obstáculo à ocupação humana. Num segundo momento elas valorizaram o espaço. Na seleção de terras as ocupadas por matas eram vistas como as mais férteis, o que provocou uma migração intensa de mineiros e paulistas para o centro-sul goiano, com destaque para a "Região do Rio dos Bois". Destacava-se, plantava-se lavouras nos primeiros anos e quando o solo mostrava "sinais de cansaço"era ocupado por pastagens, em seguida procurava-se outras áreas de mata e se repetia o processo. Com a modernização agrícola nos últimos anos, a utilização das terras atingiu um ponto máximo de desmatamento. Do antigo e pujante "Mato Grosso Goiano" resta somente o nome e pequenos resíduos que deveriam ser poupados. O reflorestamento, insignificante na área analisada, ocorreu em outras regiões do Estado. Mineração, pecuária, agricultura, urbanização se sobrepuseram, resultando numa degradação ambiental sem precedentes na "Região do Rio dos Bois". |