Resumo: |
Aborda a relação entre feminino e cidadania democrática, no final do século V a.C., segundo a perspectiva do teatro trágico e cômico ateniense. Verificou-se que Eurípides e Aristófanes constroem suas figuras femininas, retomando o tema da alteridade da mulher presente já em Hesíodo e em Semônides de Amorgos. Ao mesmo tempo, destaca a autora, eles produzem com suas personagens discursos políticos, sobre e para a polis, concernindo à cidade, à condição feminina, ao nómos. Se o teatro ateniense falava à cidade, argumenta a autora, o objetivo de fazê-lo através da re-atualização da alteridade do feminino deveria ser questionado. Conclui que na abordagem política de Xenofonte a alteridade do feminino se oculta, e esconde-se própria possibilidade de cidadania feminina. |