Resumo: |
Campos Novos, situado geograficamente no planalto de Santa Catarina, foi elevado à categoria de Freguesia em 16 de junho de 1854. Foi inicialmente povoada por elementos oriundos de São Paulo e do litoral de Santa Catarina. O crescimento populacional acelerou-se no século XX, sobretudo após a solução do problema do Contestado em 1917, com migrantes vindos de áreas vizinhas, como as de Lages e de Curitibanos e também do Rio Grande do Sul. A hipótese que orientou a pesquisa desta dissertação, foi de que uma população de características tradicionais apresentou uma tendência a se modernizar. Esta evolução de uma sociedade não malthusiana para uma sociedade malthusiana reflete-se nas taxas demográficas. Esta hipótese foi testada através de indicadores demográficos de natalidade, de fecundidade e de nupcialidade. Outros fatores demográficos como idade do homem e da mulher ao casar e os cruzamentos inter-étnicos na escolha do cônjuge, também contribuíram para as análises de modernização da sociedade. Por outro lado, pode-se medir a influência da Igreja Católica no movimento sazonal dos casamentos e das concepções e, dos nascimentos, no índice de ilegitimidade, nos impedimentos matrimoniais. Os dados foram coletados das fontes primárias representados pelos registros paroquiais de batismo e de casamento. A metodologia de pesquisa proposta por HENRY & FLEURY e por NIELSEN foi utilizada neste trabalho de pesquisa. Os eventos vitais analisados pare o período 1876-1940, possibilitaram a conclusão de que a sociedade camponovense não alterou seus procedimentos. |