Resumo: |
Este trabalho estuda e catolicismo romanizado na área de colonização italiana do Médio Vale do Itajai Açu entre 1892 e 1918. Inicialmente descreve o processo de imigração e colonização italiana na Colônia Blumenau a partir de 1875, enfatizando e nucleação comunitária em torno das capelas. Estas, além de locais de culto e devoção, eram as principais instituições sócio-políticas, em que gravitava a vida comunitária. Eram lideradas pelos capelães e fabriqueiros, sob direção do clero visitante. Analisa o florescimento destas capelas a partir da atuação pastoral do clero franciscano e de seu estabelecimento na área em estudo. Este processo é percebido a partir de cinco aspectos relevantes do catolicismo romanizado, relacionados entre si. Primeiro, a organização eclesiástica, em que se destaca a paroquialização; segundo, o ofício religioso comunitário, que é paulatinamente realizado pelo clero; terceiro, as associações religiosas de caráter paroquial; quarto, as escolas paroquiais e por último a imprensa escrita, em que se sobressai o hebdomadário paroquial "L'Amico". Por outro lado, constata que a atuação do clero franciscano alemão sofreu resistência por parte da algumas comunidades, devido a localização de novas capelas, a disputa pelo "status" de sede paroquial e o desejo de atendimento religioso por padres de origem italiana. Esta oposição manifestou-se em algumas capelas, nas escolas italianas e em algumas sociedades cooperativas. Desta forma, percebe o florescimento conflitoso das capelas italianas que propiciou a consolidação do catolicismo romanizado. |